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As praças são de esquerda

02/06/2011

Comunicado do Partido Obrero Revolucionario  (POR)

 

O movimento 15 M é a expressão de uma rebelião crítica e cidadã da juventude engajada na denúncia e na resistência à crise capitalista e àqueles que a provocaram: os poderosos do setor financeiro e seus instrumentos políticos. Essa eclosão era necessária. O POR apoia e participa mobilizações nas praças nessa jornada eleitoral.

Sol, com a participação das massas, é a ponta de um iceberg que emerge também na Catalunha, Donostia etc. A indignação e a frustração de uma juventude sem futuro, desacreditada do Eldorado capitalista, irrompe como novo fator político que ninguém poderá desconhecer após os atos de maio. A onda expansiva se estende por toda Europa. Já assistimos, por exemplo, a concentrações em Londres, Paris, Roma e Copenhague. Houve também uma concentração no México. Nos últimos dias, chegou uma saudação ao 15M vinda da Praça de Tahrir.

  O movimento 15M estabeleceu praças livres de fascistas, de xenofobia, de violência contra as mulheres, de representantes dos poderes dominantes (do setor econômico e político); nas praças, se defende tolerância, igualdade e os direitos das minorias.

 Nenhuma intervenção promove os postulados da direita – PP, CiU ou PNV- ou da extrema direita. Ao contrário, denunciam a direita e combatem as políticas das multinacionais e dos bancos.

Jovens sem futuro, jovens indignados, Democracia Real Já, diversidade de fóruns, grupos e plataformas, juventude sindicalista, podem todos confluir no movimento 15M e, a partir daí, coesionar suas movimentações e dar força à rebelião.

 

A juventude está dando uma grande mostra de por onde pode passar a profunda regeneração da esquerda. Em uma semana, o movimento 15M pôs o dedo na ferida de toda a esquerda, fazendo o que os diversos setores não foram capazes de fazer: motivar, mobilizar, subverter e concretizar os objetivos da sociedade contra as políticas da direita (multinacionais e banqueiros). As e os jovens não querem políticos comprometidos com o sistema, cúmplices ou conciliadores, que cedem nas reivindicações acerca da soberania, da cidadania e da liberdade dos povos para decidir. Estão corretos em não querer esses políticos e denunciá-los.

 

Depois de uma semana nas ruas, as eleições com tendência favorável à direita vão influir na evolução do movimento.

 

Defendemos a continuidade do movimento com as formas, propostas e mobilização que surja dessa juventude; com a coordenação a partir das praças, com a unidade com a juventude trabalhadora e sindicalista.

 

À organização! Todas e todos ao movimento 15M!

 

 

Partido Obreiro Revolucionário (POR)

22 de maio de 2011

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